De aprender a multiempreender

O QUE EU GOSTARIA DE TER OUVIDO NA FACULDADE

O que você gostaria de ter ouvido quando estava na faculdade? Márcio Carvalho foi conversar sobre esse tema na Limonada Pocket do dia 3 de outubro da ESPM com estudantes de Publicidade e Propaganda e Design. A palestra ocorreu no auditório do prédio C da faculdade e funcionou como um painel onde os estudantes pudessem interagir e aprender sobre multiempreender.

Márcio Carvalho, sócio-fundador da Smart Arquitetura da Miagui e da Neorama, pôde apresentar a cerca de 60 estudantes como eles poderiam aproveitar o momento universitário para seguirem suas futuras carreiras. Em uma lista de 10 insights que ele gostaria de ter ouvido em sua época universitária, Márcio inspirou alunos a pensarem sobre sua carreira, relacionando temas atuais com o futuro do mercado e tecnologia.

Estar presente em diferentes territórios de conhecimento e acompanhar os avanços tecnológicos foram alguns dos tópicos abordados por ele. E, mais do que isso, o relacionamento entre diferentes pessoas, foi um item bastante relevante, principalmente quando se fala de criatividade. Gustavo Stoffel, estudante de Publicidade e Propaganda do 4° semestre, comentou sobre a palestra e abordou sobre esse assunto.

“Acho que algo muito relevante que ele trouxe na palestra foi o quanto é importante o contato entre diferentes pessoas para se gerar uma ideia, já que ele disse que muitas vezes uma pessoa pode ter uma ideia boa, mas ele pode se tornar uma ideia extraordinária caso seja compartilhada com outras pessoas, já que elas podem trazer a ´peça que estava faltando´”

Foto: Júlia Prestes

EscalaCity+ apoia o Banco de Sangue Virtual

O Ricardo Nunes teve uma ideia bem simples, mas de grande valor: organizar um cadastro de doadores de sangue. E ele fez isso pela Internet: o banco de sangue virtual. O projeto está ganhando muito apoio, e as pessoas super se conectam com o propósito.

Tudo on-line, bem rapidinho. As pessoas são contatadas conforme as demandas de hospitais, e serviços públicos de saúde, que então encaminham para a coleta. O Banco de Sangue Virtual apenas faz o contato com as pessoas de seu cadastro. O banco de dados está sendo formado aos poucos, em todo o Brasil.

Ainda tem muito trabalho pela frente, e o projeto do Ricardo vai precisar da ajuda de muita gente. Trata-se de um empreendimento voluntário, sem fins lucrativos. E a EscalaCity+ está apoiando. Confere mais detalhes no site: https://www.bancodesanguevirtual.com.br/

No vídeo abaixo, a mensagem que o Ricardo nos enviou:

Um Pequeno Cadastro. Uma Grande Ajuda.

Já cadastrou?

A última livraria!

“The Last Bookstore” foi fundada em 2005 por Josh Spencer. Começou com vendas on-line de livros usados. Mas em 2011, ele foi pela contramão. Josh abriu uma loja física, em um prédio histórico, o The Spring Arts Tower, no centrão de Los Angeles. A loja tem 3 andares, e mais de 2 mil metros quadrados. A última livraria vive, lotada, com clientes de todas as idades, que na maioria dos casos andam longas distâncias para chegar.

O que produz esse sucesso? Muito se escreve sobre o projeto da loja do Mister Spencer. E os visitantes também produzem muito conteúdo sobre o que lá encontram. É um fenômeno de carinho do público, e vendas. De fato, a “última livraria” foi preparada com muita inteligência, para torná-la uma experiência que vale a pena, justamente, para as pessoas que gostam do mundo dos livros antigos.

Livros usados classificados de forma criativa – novidades, e focos em assuntos que aguçam o interesse, como histórias de horror e literatura vitoriana.

Os livros são assunto de decoração – os espaços têm esculturas feitas com antigos livros, nas paredes, e em passagens, como um túnel literal, feito de livros antigos.

Os ambientes são temáticos – foi criado um labirinto, decorado com objetos e imagens relacionadas aos livros, como imagens de personagens vividos no cinema, ou objetos citados em livros. E em algum momento você se descobre folheando livros dentro dos antigos cofres do banco que anteriormente funcionava no prédio.

Cantinhos instagramáveis – clientes podem fazer imagens de tudo, e o Instagram da livraria leva direto para a hashtag.

Mais do que livros – se você gosta de arte, vai adorar a galeria com quadros antigos. Nas galerias em mezanino, tem oficina para aprender técnica de pintura, ou algum artesanato. Mas há muitos artistas vendendo suas obras recentes.

Os clientes também vendem – se você tem livros usados em casa, ou outras coisas que gostaria de vender, também pode ocupar um dos espaços, e colocar tudo à venda.

Móveis antigos para ler e descansar – as poltronas de descanso são antigas, e assim você viaja no tempo, claro, com a sua imaginação – e com os átomos do seu corpo.

A última livraria é um sucesso dos novos tempos, e nos ajuda a revisar, na prática, os fundamentos do bom marketing e do bom varejo:

  • Entender profundamente seu segmento
  • Ampliar a experiência com base na essência do valor que os clientes buscam
  • Gerar histórias que sejam facilmente reproduzidas
  • Criar valor em rede, com produtos e serviços complementares
  • Fazer algo realmente diferente da concorrência
  • Ser feliz com o que faz e divertir as pessoas

Será mesmo a última livraria?

Mais em:

https://www.instagram.com/lastbookstorela/

https://www.theguardian.com/travel/2016/jul/20/the-last-bookstore-los-angeles-great-little-place-i-know

https://www.huffpost.com/entry/the-last-bookstore_b_1663134

O Futuro da TV é Conectado

Rafael Pallarés ( General Manager, LATAM na Telaria )

Permita-me começar com uma pergunta: hoje, no final do dia você vai correr para casa para ligar a TV em tempo de ver o novo episódio do seu show favorito?… Pois é, parece piada. A TV por grade morreu. As pessoas querem consumir conteúdo na hora que for conveniente e na plataforma de sua escolha, o que pode significar baixar o episódio da série para ver no smartphone a caminho do trabalho ou ver o jogo por live streaming na tela da TV. A TV paga já vem sentindo a mudança, que se traduziu em uma perda líquida de mais de 4 milhões de assinaturas nos EUA no ano passado. No Brasil, foram contabilizados mais de um milhão de clientes deixando o serviço nos últimos 12 meses.

Tudo isso leva para uma nova verdade universal sobre o setor: O futuro da TV é conectado. Dentro do ambiente OTT (over the top), onde o acesso ao conteúdo é por IP, há um segmento super-premium que é o das CTVs – TVs conectadas à internet por meio de um equipamento de streaming ou uma smart TV.

As CTVs unem a experiência da televisão, com a tela grande, aos benefícios do ambiente digital com suas possibilidades de interação e segmentação. E a revolução que essa combinação de tecnologias com a produção de conteúdo premium está causando não é pouca coisa. Grandes grupos como AT&T e Warner Media, e Disney e Fox, estão unindo forças e se preparando para este novo mundo.

Novos modelos de negócio estão surgindo, combinando VOD (video on demand) com assinaturas, ou com publicidade, ou com ambas. Outros ainda trazem o live streaming para a fórmula, como a Hulu, pertencente à Disney, nos EUA, afrontando abertamente a TV paga. Líder no segmento, a Netflix deve investir USD $15 bilhões somente em produção de conteúdo neste ano. É seguida por players do porte da Amazon, Apple e Disney.

No Brasil, onde a Lei do Cabo – SeAC – que impede a verticalização do setor está para ser derrubada, viabilizando que programadoras possam distribuir seus conteúdos em streaming sem depender de uma operadora, o segmento também se prepara para uma rápida transformação. Players internacionais como Turner e Viacom já começam a trazer suas soluções, e os maiores produtores de conteúdo locais, encabeçados pela Globo, também já movem as primeiras peças no tabuleiro.

Quem está mobilizando tudo isso? As audiências, claro. Mas principalmente aqueles que mudam os hábitos de um mercado. Para sempre. Jovens de 18 – 34 anos estão alocando 77% mais tempo assistindo a aparelhos conectados do que pessoas com mais de 50 anos. Na faixa de 18 a 24 anos o tempo dedicado a TV tradicional diminuiu em 46% nos últimos cinco anos. Para a geração Z, streaming é “ver TV”. E mesmo entre os que têm uma assinatura de TV paga, quase 80% também assinam algum app de streaming.

O OTT e, principalmente a parte que é entregue em CTVs, permite que os anunciantes se conectem com estas audiências de uma forma sem precedentes. Atualmente 30% dos norte-americanos não são “encontrados” por marcas que usam apenas a TV tradicional, sem o VOD ou streaming em seus planos de mídia. Além disso, as CTVs renovam a experiência do chamado purpose viewing, onde a audiência busca ativamente o conteúdo e assiste atentamente.

Isso tudo pode ser definido como a recriação da experiência da TV. E a sua marca, como está se preparando para aproveitar o futuro conectado?