O Cisne Preto e Branco

O Cisne Preto e Branco

por Martin Haag | 24 de junho de 2020

Já dá para fazer cenários para o Pós-Pandemia? Talvez seja cedo demais. Ou não? Tudo bem. A ideia deste artigo é fornecer uma ferramenta de análise e projeção.

Nós sentimos segurança quando temos conhecimento sobre aquilo que fazemos, sobre as condições do ambiente onde atuamos. E quando estamos seguros, acreditamos no futuro, investimos em projetos. Mas isso não garante que não haverá surpresas e que nossos projetos não sejam ameaçados por eventos isolados ou pela súbita urgência de um novo ciclo de eventos. 

Os estrategistas estão comprometidos em garantir o planejamento, ou seja, o futuro. Por isso, é muito frustrante quando ocorre algo que ninguém havia previsto, já que se perdem os recursos investidos em um caminho, que todos consideravam seguro, e também se torna muito penoso retomar as posições já conquistadas. 

De todo modo, seria muito melhor se, em meio à desordem dos eventos, pudéssemos reconhecer antecipadamente algum princípio de ordenamento, algum sentido. Isso nos permitiria enxergar mais longe, pensar em outras lógicas, e, com isso, ao menos, reduzir os impactos de novos eventos emergentes. 

No seu livro “The Black Swan”, de 2007, Nassim Nicholas Taleb escreve sobre uma lógica de ocorrência de fenômenos, pela qual tudo parece estar indo muito bem até que algo extraordinário acontece. Trata-se de algo surpreendente, traumático – simplesmente, porque não estava no nosso radar. Ninguém pensava que podia ocorrer, portanto ninguém coletava dados, observava, ou conversava a respeito. (Em tempo: Taleb, dessa forma, havia previsto a crise de 2008).

A metáfora que Taleb usa remonta ao sec XVII. Os holandeses ficaram chocados ao descobrir, na Austrália, que existiam cisnes negros. Ao contrário da profunda verdade que consideravam como um fundamento, agora não seria mais possível dizer “todos os cisnes são brancos”.  

Ao longo da História, essa falha de organização mental levou países, organizações, e mesmo indivíduos, a ficarem frente a frente com eventos que não faziam parte de sua lógica, que não eram considerados base para seus planos. Nesses casos, ciclos são interrompidos bruscamente, trajetórias são encerradas. Forma-se um trauma, uma perda definitiva, acima da capacidade instalada para sua reposição. Após o trauma, não tem jeito, precisa-se renovação, reconstrução, para que novas condições de existência sejam possíveis. 

Há muitos anos me dedico ao exame atento de ciclos econômicos, sociais e culturais. E tenho aprendido a formar cenários muito seguros para o planejamento, ou seja, sobre o futuro. Para fundamentar essas atividades, de planejamento e estratégia de negócios, a análise de ciclos é uma forma poderosa de gerar análises bem estruturadas e fazer projeções sobre a evolução de sistemas. Dessa forma, pode-se apontar com grande segurança a formação de novos comportamentos e as prováveis atualizações que sofrerá a organização da sociedade. 

Recentemente, examinei com atenção processos de ruptura, preocupado em qualificar projeções sobre a recuperação de ciclos culturais, ou por reconstrução, ou por transformação. Ao comparar alguns desses movimentos, tive insights sobre padrões de processos de ruptura. Ao que me parece, com efeito, tem sido estudado muito pouco como se dá a reorganização dos sistemas sociais após os traumas. Temos os fatos, reunimos os dados, mas pouco conhecimento é gerado sobre os porquês de um caminho, e não outro. 

A figura da terra arrasada é frequente na narrativa pós-traumática. “Não havia mais nada”, “foi preciso construir tudo do zero”, “as pessoas recomeçaram suas vidas”. Esses traumas retiram a coluna vertebral de um sistema. Entretanto, quem sobrevive ainda possui memórias, e agora lida com a nova realidade, baseando-se, naturalmente, em conhecimentos prévios, coisas que já se executava, ou se imaginava. Ao que me parece, há uma destruição, sim, quase total, do fator central de organização cultural. 

O corpo se desmonta. Mas, ao lado do eixo de sustentação arrasado, sempre esteve presente na cena pré-traumática uma oferta suficiente de movimentos secundários, associados a ideias marginais, tecnologias embrionárias, narrativas disruptivas, ou economias nichadas. Os traumas sociais corroem a principal base de sustentação. O que eu percebi de forma mais aguda é que esquecemos de considerar, como parte constituinte do processo, que há um inventário de outras opções disponíveis. E que nessas opções estarão os recursos de recomposição, ou de inauguração, de novos ciclos. 

Aqui me lembrei do livro de Taleb. Com efeito, essa falha de organização mental que estou apontando não se origina de uma ignorância absoluta, como foi no caso do “cisne negro”, para aqueles fundadores da Nova Holanda, em 1697. Na época, simplesmente não havia o menor indício, e logo ninguém considerava que pudessem existir quaisquer cisnes que não fossem os brancos. Mas, para o meu insight, percebi que há uma ignorância, parcial, acerca de outros possíveis cisnes. Trata-se de aves com características intermediárias. Curiosamente, estão bem do nosso lado, e parecem resistir à inclusão no grupo dos “cisnes oficiais”. Com efeito, o que é similar à metáfora do “Cisne Negro” é que há fatos, conhecimentos, informações, que já estão disponíveis em um sistema, mas que ainda não são “verdades” dentro da nossa forma de pensar, ou “consciência”. A esses “fatos intermediários” resolvi chamar de “cisnes preto e branco”. Trata-se de cisnes “não-oficiais”, que na ocorrência de um trauma têm um grande potencial de se transformarem nos novos pilares de sustentação do sistema.

Os cisnes com as cores “preto e branco” são lindos. Essa espécie é chamada oficialmente de “pescoço preto”. Eles vivem ao sul da América do Sul, em risco de extinção. Mas, a propósito, ainda não foram usados como metáfora na análise estratégica. Mesmo habitando o mesmo território que eles, só os conheci porque fiz essa pergunta simples e corri para o Google: “existem cisnes com outras cores?”. O que eu queria saber é se haveria alguma posição entre os extremos, os polos branco e preto. Resultado: uma série de novos pensamentos.

O que eu fiz foi criar uma ferramenta de análise, um gabarito, com o qual posso organizar os casos examinados. Já extraí muitas conclusões interessantíssimas, e acredito que boa parte dos padrões observados se constitui em um recurso excelente para apoiar a construção de cenários, para o que se poderia chamar de “reorganização do sistema”. Nesse momento, essa capacidade se tornou muito valiosa, pois estamos vivendo uma situação traumática, que tem a lógica de cisne negro. Ou seja, pegou todos de surpresa, e agora precisamos nos ajudar, para poder voltar a formar uma consciência de vida cotidiana. Qual o real alcance de toda essa pandemia? E como será a recomposição do mundo depois do trauma?

Art Nouveau (BEL)

A sociedade industrial do final do sec XIX provocou uma visão poderosa sobre a renovação do design. Como um autêntico “outlier”, o movimento belga Art Nouveau*** começa a sua produção a partir de 1880, fora dos espaços consagrados das manifestações artísticas. Suas aplicações manifestam novas fronteiras artísticas, como construção civil, produtos de consumo e comunicação.

Assim como ocorreu em muitos países, a 1a. Guerra Mundial também foi traumática para as atividades artísticas. Um dos mais traumáticos Cisnes Negros da Modernidade. Os países envolvidos reduziram sua atividade econômica, os projetos privados foram suspensos, e surgiram profundos questionamentos sobre os fundamentos da própria vida moderna, que havia pouco começava a ganhar formas humanizadas, orgânicas, imaginativas.

Com o final dessa traumática guerra, as sociedades se reorganizam, e novamente retomam os ciclos de produção industrial. Nesse momento, uma nova estética ganha força, a Art Déco. A partir de um salão de arte “mainstream”, na Paris de 1925, a “art nouveau” é retirada da posição marginal em que se encontrava, e agora seus fundamentos inspiram os principais movimentos que se seguirão: cubismo, abstração geométrica, construtivismo e o futurismo.

Inicialmente, apresentou-se como design para produtos de luxo. Mas, chegará aos EUA, em poucos anos, e os fundamentos daquele movimento agora ganha um lugar central. Após o trauma, temos um novo sistema para a linguagem simbólica da sociedade industrial, um novo padrão central, que aconteceu graças à influência de um lindo Cisne Preto e Branco.

A dinâmica do “Cisne Preto e Branco” pode ser encontrada em diferentes momentos traumáticos, como a Gripe Espanhola no Brasil, O surgimento do Barroco na Europa, os traumas da 2a. Guerra Mundial na Europa, e nos Estados Unidos, da Guerra do Vietnã, ou das ditaduras militares na América Latina.

A lógica do Cisne Preto e Branco vai se repetir na Pandemia / Manifestações BLM? Acredito que sim. Por isso, pergunto: quais são os Cisnes PB que já estavam ao nosso lado, que não estavam no centro da organização da sociedade, e que poderão ser protagonistas após o trauma contemporâneo?

No dia 30 de junho, você poderá assistir uma apresentação ao vivo, onde darei mais detalhes sobre a abordagem do cisne preto e branco. Minha intenção é falar com as pessoas que tenham um interesse em aplicações para suas organizações, e ajudá-las a identificar os seus próprios cisnes preto e branco, e projetar como eles podem crescer. 

A apresentação será de 1 hora e será feita no formato LIVE, pelo Google Meet. Inscreva-se aqui, para receber informações de acesso: https://bit.ly/LIVE-cisnepb

*** “Jugendstil” (ALE), “Modernistas” (ESP), “Style Moderne” (FRA)

Conteúdo para o Dia dos Pais precisa de relevância e autenticidade

Criar uma campanha publicitária é sempre um desafio. Ainda mais quando se trata de uma data comemorativa que é obrigatória e se repete todos os anos. Aí está o dilema para os criativos: como apresentar algo original? E que se destaque da concorrência?

Somos suspeitos para falar porque este é o blog da EscalaCity+, mas nosso time deu conta do recado com o Dia dos Pais da Pompéia e com o Dia dos Pais Colombo. Cada uma com uma proposta diferente, mas com um objetivo em comum: inovar sem perder a essência da marca. 

O ABRAÇO DA POMPÉIA

Na campanha das Lojas Pompéia para o Dia dos Pais 2019, uma menina ziguezagueia sem ser vista pelo pai dentro do quarto. E, a cada drible, ele descobre um presente novo, como uma camisa, um sapato. Ao final, o pai encontra o que tem de mais importante: o amor da própria filha. Além do filme, a campanha conta com anúncios e conteúdos que destacam todas as facilidades do cartão e indicam presentes para a data, facilitando a escolha do público.

A SURPRESA DA COLOMBO

A campanha da Lojas Colombo traz uma homenagem para uma pessoa que não é pai, mas que age como paizão com amigos, familiares, sobrinhos. A intenção é transmitir que quem ensina, dá carinho, acolhe alguém com um abraço no momento mais difícil, também é pai. Tem tio que é pai, amigo que é pai, colega que é pai, até filho que é pai.

Mas como é esse processo de criação? Como chegar a resultados como estes? Elaboramos quatro perguntas sobre este assunto para uma dobradinha com a nossa head de Conteúdo, Carol Teixeira, e com o nosso gestor de Conexões, Ricardo Pilla.

1- Todo ano tem Dias dos Pais. Como criar uma campanha diferente da concorrência e, ao mesmo tempo, também inovadora em relação ao que a própria agência fez nessa data em anos anteriores?

PILLA: Penso que o desafio da inovação, além de passar pela forma e pelo conteúdo, passa pelo entendimento. Na nossa contemporaneidade o modelo de família e de relações entre marcas e consumidores é cada vez mais plástico e tem se moldado de acordo com o contexto e com a realidade. Estar cada conectado com esta mudança é o que faz diferença, pois isto gera relevância.

CAROL: É muito importante termos claro o DNA da marca – isso é o que diferencia a campanha da concorrência – e conhecer o nosso público. Acredito muito que a inovação, mais do que uso de tecnologia, é conectar a marca ao coração do consumidor.

2 – Nessa busca por diferenciação é preciso partir da manutenção de alguns valores? Como o afeto entre pais e filhos, a emoção?

PILLA: O foco sempre deve ser a emoção, que é comprovadamente o sentimento que mais gera resultados.

CAROL: Mas tem que ser uma emoção verdadeira para aquele consumidor. Não dá pra cair no clichê. Temos que analisar quem é o pai dele (ou se ele é o pai), como se relaciona com essa figura, como gosta de comemorar essa data. Em uma pesquisa recente do Google, percebemos que 65% dos pais não se sentem representados pelas propagandas desta data. Ou seja, as marcas não estão conversando direito com o seu público.

3 – Qual o peso que um conteúdo mais profundo pode ter para uma campanha diferenciada e certeira no Dia dos Pais?

PILLA: O conteúdo que faz diferença é aquele que engaja. E para engajar é preciso tocar os consumidores.

CAROL: Hoje pode ter um peso muito maior que um filme de 30 segundos na TV, se você achar o contexto e o tipo de conteúdo que o seu público necessita. Se você entender que seu público precisa de ajuda para escolher o presente, talvez você possa oferecer um conteúdo que traga dicas e o ajude nesse momento. O importante é que o conteúdo esteja a serviço do consumidor, para que seja relevante e certeiro.

4 – As datas consolidadas – Dia dos Pais, Dia das Mães, dos Namorados etc – são uma oportunidade ou um problema para a criação, já que são “obrigatórias” e se repetem todos os anos?

PILLA: Existem dois tipos de pessoas: os que enxergam um problema e os que veem uma oportunidade. Não deveria ser uma surpresa desenvolver campanhas para datas comerciais, pois elas são parte do calendário. O desafio é se manter relevante e autêntico.

CAROL: As datas se repetem no calendário comercial, mas, assim como nas nossas vidas, nunca são iguais. Depende do momento de vida do nosso consumidor, é importante estarmos sempre alinhados e conectados ao que o consumidor pensa/precisa.

Orgânicos em expansão

Todo sábado, a nossa redatora de Conteúdo Bárbara Jaeger tem um destino confirmadíssimo: a Feira dos Agricultores Ecologistas do Bom Fim, um dos bairros mais tradicionais de Porto Alegre.

Realizada desde 1989, na primeira quadra da Avenida José Bonifácio, a iniciativa oferece centenas de alimentos distribuídos em 41 bancas permanentes e oriundos de uma produção livre de agrotóxicos e insumos químicos. É a capital dos gaúchos inserida em uma tendência mundial cada vez mais consolidada: a opção por uma alimentação saudável desde a sua essência.

De acordo com um estudo da Agence Bio da França, o país atingiu um número recorde de propriedades rurais que migraram para a produção orgânica em 2018. Foram 5 mil fazendas a mais que optaram por esta forma de produtividade, superando os números dos anos anteriores.

Os dados mostram que a França, maior produtora agrícola da União Européia, aumentou em 13% o número de propriedades que produzem orgânicos, passando para 41.600. A área orgânica cresceu 17%. São 2 milhões de hectares, ou 7,5% de todas as terras agrícolas.

A mudança é amparada por preços baixos dos grãos convencionais, subsídios para a agricultura orgânica e investimentos na cadeia de suprimentos. No entanto, a parcela representa apenas metade de uma meta de 15% que o governo estabeleceu para 2022.

O crescimento na produção orgânica acompanha a forte demanda do consumidor e das importações, apontou a agência francesa de alimentos orgânicos. As vendas subiram 15,7% em 2018, atingindo 9,7 bilhões de euros (US $ 10,9 bilhões), ou 5% do total de alimentos gastos por famílias do país.

Assim como Bárbara, milhares de outros moradores de Porto Alegre também têm aderido à alimentação saudável. Um levantamento do Jornal do Comércio mostrou que receber orgânicos fresquinhos na porta de casa está cada vez mais fácil na capital. Nos últimos dois anos, sete marcas que oferecem o serviço foram criadas. Ao todo, a reportagem encontrou 17 empresas que atuam no ramo.

O delivery acompanha o crescimento das feiras: em 2017, a Emater contabilizou 30 opções na cidade, contra cinco em seis identificadas três anos antes. São espaços instalados em universidades, shoppings e centros comerciais.

É a capital gaúcha se tornando um exemplo do consumo de alimento livre de agrotóxicos e insumos químicos.

Confira lugares que comercializam produtos orgânicos que a Bárbara frequenta e separou para você:

– Feirinha ecológica do Bom Fim: todo sábado, na José Bonifácio, das 7h às 13h.

Confira no Instagram @fae.feiraecologica

– Restaurante Raw: opções orgânica, vegan e raw (alimentação viva), de segunda a sábado, das 8h30 às 17h30. Rua Tomaz Flores, 144, Independência. O Insta é o @rawportoalegre

– Restaurante Bendita Horta: mercado e bistrot especializado em alimentos orgânicos e naturais. Fica na Silva Jardim, 298. De segunda a sexta das 9h às 20h, sábado das 9 às 18h, e domingos das 11h às 16h. Segue no Instagram @bendita_horta

DICA BÔNUS:

Neste link você confere as feirinhas orgânicas do Estado:

feirasorganicas.org.br

Ando lendo: “A Arte de Dar Feedback”

Queremos compartilhar com você o máximo possível de todo o nosso universo. Inclusive o que fazemos além do nosso dia a dia na EscalaCity+. Vamos contar o que estamos lendo, ouvindo, observando.

Hoje, por exemplo, o nosso diretor-geral Martin Haag traz uma dica de leitura bem bacana. Vamos conferir?

Livro: A Arte de Dar Feedback – Harvard Business Review Press

É um livro que deveria ser modelo para muitos outros. Muito claro, está organizado pelos dois tipos de feedback, “constante”, e “formal”. Uma metade do livro para cada uma das modalidades, aquela que se usa diariamente, e uma outra, para avaliações semestrais ou anuais. Seu conteúdo é científico, numa sequência de artigos acadêmicos, selecionados pela sua complementariedade. Logo, não é um livro de conselhos emocionais, ou palpites de autoajuda. Cada frase traz orientações seguras sobre como mudar o comportamento de uma empresa. Trata-se do uso prático de gatilhos cognitivos, incidindo com precisão sobre os momentos em que nossas atitudes podem realmente ser modeladas.

O que importa:

A riqueza de uma empresa está em suas equipes. Uma pessoa é a origem da geração de valor. Se as pessoas de nossas equipes estiverem devidamente orientadas, suas imaginações, seus desejos, suas emoções, podem somar uma poderosa energia, para ampliar a criatividade e a produtividade de um grupo. O resultado disso é que uma empresa entrega produtos de valor superior aos seus concorrentes. Entender o processo de feedback passa pelo reconhecimento de que a cultura de chefia chegou ao fim. Precisamos ampliar o engajamento de dentro das pessoas para fora. Precisamos líderes que tenham essas habilidades. Chefes produzem equipes desengajadas, onde colaboradores trabalham contra as empresas. Líderes motivam pessoas a somar com a empresa, alinhando seus projetos com os da organização.

Um trecho:

“Estabelecemos as bases para um feedback eficaz desenvolvendo relacionamentos ao longo do tempo. Quando as pessoas se sentem conectadas a nós, até conversas difíceis são menos propensas a disparar uma reação hostil. (…) passos que podemos dar para desenvolver relacionamentos de qualidade: Faça a pessoa sentir que você a conhece (…); Responda até mesmo a pequenos pedidos de atenção (…); Manifeste admiração com regularidade” (…).

11 apps que vão ajudar a gerenciar a sua produtividade

Você já encerrou o dia com a sensação de que não foi produtivo? Ou de que precisava ter mais horas para dar conta de todos os afazeres? Saiba que você não está sozinho nessa. Segundo uma pesquisa recente, feita pela International Stress Management Association, nove em cada 10 brasileiros no mercado de trabalho apresentam sintomas de ansiedade, provocados por excesso de estímulos e cobranças do mundo moderno.

Vamos fazer um exercício sobre o seu tempo: se o dia tivesse mais algumas horas, elas seriam, de fato, aproveitadas para aumentar a sua produtividade?

Provavelmente não!

Difícil engolir isso quando a agenda está cheia de compromissos, não é mesmo? No entanto, se colocarmos uma lupa em cada momento do nosso dia, conseguiremos perceber muito tempo desperdiçado – e não estamos falando dos momentos de descanso.

O mundo digital nos traz muitos estímulos a todo momento e eles acabam ‘roubando’ o nosso tempo de produtividade. Paramos tarefas para ver marcações nas redes sociais, espiar aquele vídeo que o amigo mandou pelo whatsapp ou conferir o e-mail com a promoção de passagens para as férias.

Não é por menos que cada vez mais aparecem aplicativos que prometem nos ajudar a gerir melhor nosso tempo: contagem de quantas vezes você desbloqueia o celular por minuto ou hora, organizadores de tarefas com tempo determinado, tem até ferramentas que apontam se você está ganhando ou perdendo dinheiro baseado no relato das suas atividades.

Peter Drucker, o pai da administração moderna e autor de mais de 30 livros, já alertava sobre a necessidade de sabermos gerenciar o nosso tempo muito antes de a internet ser uma realidade nas nossas vidas.

“O tempo é o recurso mais escasso do ser humano e, a menos que seja gerenciado, nada mais pode ser gerenciado”, disse ele.

Mas qual a melhor maneira de gerenciar o nosso tempo num momento em que o celular é praticamente uma extensão das nossas mãos? Especialistas apontam que planejamento, organização e foco segue sendo a receita para manter a produtividade e diminuir a frustração.

Definir prazos, delegar tarefas, ter uma agenda (física ou digital) com as atividades, não querer fazer ‘tudo ao mesmo tempo agora’, saber dizer não e não procrastinar são algumas dicas para melhorar a gestão do seu tempo. E não esqueça de fazer pausas entre uma atividade e outra. Seu corpo, sua mente e sua produtividade agradecem.

Confira a lista de APPs que o nosso sócio-diretor Martin Haag separou que podem ajudar a economizar o seu tempo.

  1. StayFocusd – Aumenta sua produtividade ao limitar o tempo que você pode passar em websites que geram desperdício de tempo.
  2. Zirtual – Trata-se de um assistente virtual para empresários, profissionais e equipes pequenas. Entrega assistente dedicados para a ajuda.
  3. Wrike – Promete uma solução muito completa para o gerenciamento de projetos com base na nuvem, aprimorando o fluxo de trabalho.
  4. Buffer – Faz gerenciamento e agendamento de posts em redes sociais como Facebook, Twitter e Instagram.
  5. Rescue Time – Avalia a sua produtividade por meio de uma análise que indica até os dias e horas em que você rende mais. A ideia é ajudá-lo a usar melhor o tempo.
  6. Focus Booster – Grátis, funciona para fazê-lo parar determinadas vezes durante a jornada de trabalho. Como o nome diz, pretende auxiliar na melhoria do foco.
  7. Toggl – Esse vem da Estônia e funciona como um timer de tarefas, inclusive para lembrar a ligar ou desligar o próprio timer. Tem monitoramento e relatórios online.
  8. Loop – Habit Tracker – Esse é bom-moço: incentiva os bons hábitos e mostra, ao longo do tempo, como você progrediu (é o que todos esperamos) para alcançar objetivos de longo prazo. Também não tem propagandas.
  9. Forest – Espécie de game em que a chave do sucesso é não jogar. Isso mesmo: você só progride se ficar determinado tempo longe do smarthphone. Assim você evita as distrações clássicadas do uso do telefone.
  10. Todoist – Grátis, sincroniza lista de tarefas e permite sincronização entre dispositivos (tem versões para Windows, OS X, Android, iOS, além de extensões para navegadores).
  11. Pocket – Este é para leitura, pois organiza uma lista com artigos da internet que você pretende ler quando bem entender. Depois da lista de apps acima, tem de sobrar tempo, né?

Dia do Escritor: a história por trás das páginas

Quinta-feira, 25 de julho. É dia de #tbt e Dia do Escritor. E ao que esta combinação nos remete? A uma das campanhas mais incríveis que desenvolvemos: Prefácios de Histórias, criada em 2017 para a Fundação Gaúcha de Bancos Sociais/Banco de Livros.

O foco foi aumentar a doação de livros para o projeto Passaporte para o Futuro, que monta bibliotecas dentro dos presídios. Mas como mostrar para o mundo o poder deste trabalho e a importância de doar?

Para isso, criamos uma coleção de livros e lançamos durante a Feira do Livro de Porto Alegre. Foram seis obras clássicas que receberam prefácios totalmente novos: no lugar do relato de um crítico ou autor, a opinião de apenados que só têm a literatura para transformar sua história. Em cada começo de livro, o recomeço de uma vida.

A estratégia de comunicação foi centrada na rede, com um site para landing e acesso a todas as histórias, nossos ativos de multiplicação da causa. O canal também permite baixar as obras em e-book e descobrir como doar. A campanha foi completada com o envio de kits para influenciadores, contendo os livros e as cartas escritas à mão, junto com o release do projeto.

O projeto recebeu duas premiações na categoria Ouro no Colunistas RS e no Colunistas Brasil, além de ter feito parte do anuário do Clube de Criação, na categoria Estrela Verde.

O reconhecimento recebido e a sensibilidade empregada em toda a ação nos enchem de orgulho. Não apenas pelos resultados alcançados, mas, principalmente, por acreditarmos que, por meio da leitura, é possível mudar o futuro de dezenas de internos do sistema prisional do Estado.

Aproveite para assistir ao vídeo e relembrar esta ação:

Prefácios de Histórias – EscalaCity+ Banco de Livros

Veja o case na íntegra

Influência do cooperativismo no agronegócio brasileiro

Celebrar o Dia do Colono, neste 25 de julho, nos inspira a falar sobre o papel fundamental que as cooperativas agropecuárias desempenham no cenário econômico de nosso Estado. Afinal, a data é uma homenagem aos imigrantes que chegaram ao Brasil e tiveram uma participação ativa na nossa colonização. E foram justamente eles que trouxeram o cooperativismo para as nossas terras.

Inspirado na experiência cooperativista alemã, o padre Theodor Amstad trouxe o conceito para o Brasil em 1902. De acordo com o sistema Ocergs/Sescoop, a primeira a ser instalada foi a Sicredi Pioneira, que continua até hoje em atividade em Nova Petrópolis, na serra gaúcha.

A cooperativa foi a solução encontrada pelo padre suíço para melhorar as vidas dos moradores da região, já que até então o município não contava com agência bancária. Quatro anos depois, começaram a surgir as cooperativas agropecuárias, idealizadas por produtores rurais e por imigrantes, especialmente de origem alemã e italiana.

Hoje, em torno de 50 milhões de brasileiros têm no cooperativismo, seja direta ou indiretamente, uma fonte de trabalho e de renda. Mas os números são ainda mais significativos se levarmos em conta os oito últimos anos: o número de cooperados cresceu 62% e a quantidade de empregos gerados aumentou 43% no país, conforme mostra o Anuário do Cooperativismo Brasileiro.

Neste contexto, precisamos destacar a atuação das cooperativas agropecuárias gaúchas. Entre 2014 e 2018, houve um acréscimo de 12% no número de vagas formais de trabalho e uma expansão de 60% no faturamento. Para se ter uma ideia em cifras, somente em 2018 foram R$ 31,7 bilhões, um recorde para o setor.

Além de gerar trabalho, emprego e renda, este modelo de negócios transforma a realidade das comunidades. Um exemplo é o papel que desempenha a Cotrijal Cooperativa Agropecuária e Industrial, de Não-Me-Toque, que realiza a Expodireto Cotrijal.

A feira centraliza tecnologia e novas oportunidades para o segmento e se consolidou como referência em conhecimento para o setor. Neste ano, foram comercializados durante os cinco dias do evento mais de R$ 2,4 bilhões, valor 9,59% superior ao do ano passado.

Iniciativas como a Expodireto ajudam o produtor a encontrar alternativas inovadoras para vencer o desafio de produzir mais com um custo menor. Afinal, o homem do campo sabe que é fundamental estar atento às inovações e que é preciso pensar o agronegócio aliados a tecnologia, seja por meio da internet, de inteligência artificial ou dos robôs. São soluções desenvolvidas para melhorar o aproveitamento dos recursos e insumos, diminuir os custos, ampliar a produtividade e, consequentemente, o lucro.

EscalaCity+ adota grupo de líderes e gestão compartilhada

A Escala+City está de cara nova e agora assina como EscalaCity+. A mudança gráfica tem um significado: a agência está mais conectada e mais integrada – internamente, com parceiros e mercado. E as mudanças não ficam apenas na identidade. O time está em uma nova sede, com um modelo de gestão compartilhada e embasada nas contribuições do recém-criado grupo de líderes.

A gestão conjunta da EscalaCity+ cabe agora aos sócios Martin Haag e Paulo Melo, enquanto Fernando Picoral, sócio-diretor até então, passa a integrar o Conselho da empresa com Miguel de Luca.

O movimento representa mais uma etapa de um reposicionamento que busca ampliar a integração e a conexão com o mercado, com a ampliação de serviços e recursos analíticos nos processos, para uma comunicação inteligente e eficiente. Afinal, é preciso falar para diferentes pessoas ao mesmo tempo, de forma instantânea, criativa e personalizada.

Essa busca pela conexão perfeita foi facilitada com a criação do grupo de líderes, formado por representantes – experientes e novos – de todas as áreas da agência. O grupo se reúne para discutir novos processos, implantar melhorias e trocar ideias, colaborando para as decisões da nova gestão.

“Além do ambiente mais transparente, essa troca entre os líderes proporciona um ambiente mais colaborativo, que permite que a gente identifique oportunidades para nossos clientes em conjunto, com todas as áreas integradas”, explica a head de Conteúdo e integrante do grupo de líderes, Carolina Teixeira.

Também participante da iniciativa, o gestor de Negócios, William Martins, classifica a experiência como estimulante. “Criamos uma força de trabalho diversa que permite que possamos pensar em estratégias flexíveis, transparentes e aliada aos objetivos de desenvolvimento profissional de todos os colegas. Esse modelo proporciona um ambiente que colabora para uma comunicação que faz a diferença para o negócio dos clientes e abre espaço para inovação”, analisa.

Toda essa modernização reforça a competência e a capacidade da EscalaCity+ em acompanhar a transformação e a manter a conexão entre a criatividade e os negócios. “Temos um time de pessoas talentosas, que se destacam profissionalmente em suas áreas. Nossa missão é apenas tornar a EscalaCity+ o melhor lugar para eles expressarem sua criatividade. E isso é muito bom para os clientes”, afirma o sócio Martin Haag.

Limonada Pocket ajuda Banco de Sangue Virtual a cadastrar 56 doadores

A mais recente edição da Limonada Pocket, da Escala+City, ocorreu no último dia 28, na ESPM Sul. Desta vez a ação teve como desafio ajudar o Banco de Sangue Virtual, que funciona como uma espécie de central de voluntários para doação de sangue, acionados via e-mail ou WhatsApp conforme a demanda dos hemocentros gaúchos. E os resultados foram excelentes: em apenas uma hora, os alunos dos cursos de Publicidade e Propaganda e Design conseguiram cadastrar 56 novos doadores.

A Limonada Pocket na ESPM Sul envolveu 65 alunos de quatro turmas, junto de seus professores. A atividade é promovida pela Escala+City, que é madrinha dos curso de Comunicação da faculdade. O gerente de Desenvolvimento da agência, Max Senger, participou da ação.

“Foi excelente viver essa experiência e verificar a mobilização dos alunos em obter cadastros de doadores para salvar vidas, esse é o tipo de resultado que buscamos com a nossa atuação, o de dar um “twist” de solução aos desafios do mercado”, afirma Max.

O desafio proposto era que grupos de alunos buscassem, em uma hora, o maior número possível de doadores em potencial – dentro, claro, dos protocolos exigidos. A equipe com maior número de adesões chegou a 30 cadastros voluntários e recebeu como recompensa camisetas do Banco de Sangue Virtual.

Em quase dois anos de atividades, o Banco de Sangue Virtual conta com 4.925 pessoas cadastradas em 316 cidades no Rio Grande do Sul. A meta do projeto é chegar a 249 mil. O publicitário Ricardo Nunes, idealizador do Banco, considera a iniciativa positiva para divulgação e engajamento dos jovens estudantes.

Quer ser doador? Cadastre-se em www.bancodesanguevirtual.com.br e ajude a salvar vidas.

SOBRE A LIMONADA

A Limonada é um evento criado pela Escala+City com o propósito, como o nome já dá a entender, de enfrentar um desafio, de transformar um limão em uma solução limonada – e ao final das ações os participantes literalmente bebem uma limonada. A primeira edição ocorreu em outubro de 2018 e teve como tema a saúde envolvendo negócios e a Fecomércio. Na ESPM Sul, a Limonada é feita em versão pocket, com os alunos dos cursos de comunicação. Antes da edição com o Banco de Sangue Virtual, houve outra sobre gamificação com a Lends – que representou um verdadeiro desafio aos alunos, com alto engajamento. A atividade havia terminado e a turma não ia embora.

PRÓXIMA EDIÇÃO

Para o mês de setembro, está prevista a realização da Limonada envolvendo o setor agro. Será uma parceria com a Farsul – divulgaremos os detalhes no blog da Escala+City.

Diretor de Criação da Escala+City recebe título de profissional do ano

Em evento realizado na ESPM Sul, em 9 de maio, o Diretor de Criação da Escala+City, Gustavo Lacerda, recebeu o título de Profissional de Propaganda do Ano. A entrega foi feita pela coordenadora da Regional Sul do Prêmio Colunistas, Rejane Brum, que também premiou os vencedores da edição 2018 da premiação em diversas categorias.

Conforme noticiado em Coletiva.Net (link: http://coletiva.net/comunicacao/vencedores-do-premio-colunistas-sul-foram-agraciados-nesta-quinta-feira,299030.jhtml), o Prêmio Colunistas tem 51 anos de história e destaca importantes iniciativas em comunicação e marketing no país. O julgamento da edição 2018 teve 44 profissionais entre os jurados, que se reuniram em dezembro. 

A valorização do trabalho de Gustavo reforça o foco da Escala+City nas pessoas e na criação de condições para que o trabalho criativo flua da melhor maneira. No final, é tudo sobre pessoas.